O fim do R.E.M.

Posted: sábado, 24 de setembro de 2011 by Ricardo Smolarek in Marcadores:
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Não foi a primeira vez nem será a última. A história do rock, da música pop, da música está cheia de casos semelhantes. Após uma carreira de sucesso, uma banda, conjunto, grupo acaba. Os motivos vão desde brigas entre os integrantes, saída de algum deles para carreira solo e outros motivos menos nobres. Mas algumas vezes é por aquela constatação, nem sempre fácil,  sempre doída, de que simplesmente acabou. Que aquele brilho e entusiasmo do início e de outras passagens já não existe mais. O R.E.M anunciou hoje o fim da banda. O motivo, o mais nobre de todos: sabedoria.

É na fase do sono chamada R.E.M., sigla para rapid eye movement (movimento rápido dos olhos), que temos os sonhos mais vívidos. Há 31 anos, em 1980, começava o sonho dos músicos Peter Buck, Mike Mills, Michael Stipe e Bill Berry, que formaram o R.E.M., uma das mais populares bandas de rock alternativo de todos os tempos. Ontem, eles - e seus fãs - acordaram desse sonho. Em seu site oficial, a banda anunciou sua dissolução. O baterista Bill Berry já havia deixado o grupo em 1997. Desde então, o R.E.M. seguia carreira como um trio.

"Aos nossos fãs e amigos: como R.E.M., como amigos de toda uma vida e coconspiradores, decidimos terminar enquanto banda. Partimos com um grande senso de gratidão, de finalidade e de espanto por tudo que conquistamos. Para todos que, alguma vez, se sentiram tocados por nossa música, nossos maiores agradecimentos por nos ouvir." Além dessa declaração creditada à banda, cada um dos integrantes justificou, individualmente, a decisão.

A notícia pegou os fãs de surpresa, já que, em março deste ano, o grupo lançou "Collapse Into Now", o 15º álbum de inéditas. O baixista Mike Mills, aliás, fala sobre o disco na sua mensagem de despedida: "Durante nossa última turnê e ao fazer Collapse Into Now, começamos a colocar em retrospectiva todos os hits que fizemos juntos. Passamos as nos perguntar: ''O que virá em seguida?''. Sempre fomos uma banda no verdadeiro sentido da palavra ''irmão''. Tomamos essa decisão em conjunto e de forma amigável.

"O vocalista Michael Stipe fortalece o comentário do amigo. "Um sábio homem disse uma vez: ''A principal virtude em participar de uma festa é saber a hora de ir embora''. Não foi uma decisão fácil, mas tudo deve acabar. Quisemos acabar bem, para fazer do nosso jeito."
Em 31 anos de atividade, a banda vendeu 50 milhões de discos em todo o mundo. O sucesso veio no começo dos anos 90, quando lançaram "Out of Time" (1991) e "Automatic For the People" (1992), que traziam hits como "Losing My Religion", "Shine Happy People", "Everybody Hurts" e "Man on the Moon".

Em 2008, o R.E.M. fez quatro shows no Brasil, se apresentando nas cidades de Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. A primeira vez que eles tocaram no País foi em 2001, durante o Rock in Rio. Stipe declarou, na época, que aquela foi uma das apresentações mais emocionantes de sua carreira, realizada para um público de 250 mil pessoas.


É o fim de uma banda como nós conhecemos. Mas como dizia a classica "It's the end of the World as we Know It", "Mas nos sentimos bem".
Imitation of Life


Losing My Religion

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